Os tempos não estão fáceis. Quase todos o sentimos.
No ano em que faz quinze anos, a ERA aventurou-se a
organizar um grande Colóquio internacional, a decorrer na próxima semana em Lisboa (http://www.era-arqueologia.pt/coloquio/). Dedicado a temáticas da
Pré-história recente, nomeadamente em torno dos fenómenos funerários
enquadrados em recintos delimitados por fossos ou outras estruturas, este
evento é, de alguma forma, o culminar da história da nossa empresa.
Começámos nos Perdigões. O tempo passou e, desde então, tem sido precisamente
em torno deste sítio e do seu tempo que aconteceram alguns dos mais espantosos
avanços no conhecimento que hoje temos sobre aquilo que, no actual território
português, aconteceu antes da nossa passagem por estas bandas: sociedades complexas, muito dinâmicas
e em crescente transformação. Há mais de cinco mil anos, o mundo estava a mudar e a nossa perspectiva
sobre o que então se passava tem-se alterado. Tenho particular orgulho no papel que a
ERA e as suas equipas desempenharam e continuam a desempenhar, nesse processo tão activo.
Quanto à organização do Colóquio, saliento todos os que,
dentro da ERA, colaboraram na sua organização. Foi um trabalho de equipa
liderada por António Valera: a ele devemos a ideia, a persistência e a
capacidade de romper fronteiras.
Aos convidados portugueses e de tantos outros países
europeus agradecemos a disponibilidade para desbravar novos horizontes, a
partir do debate de ideias.
A todas as entidades que colaboraram, um agradecimento
especial. Um destaque final para a Fundação Calouste Gulbenkian.
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